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    Ricardo Tacuchian

     

    Ricardo Tacuchian, filho de imigrante armênio, nasceu no Rio de Janeiro, em 1939. É um atuante compositor, regente, ensaísta, animador cultural e professor universitário. Graduou-se pela UFRJ em Piano, Composição e Regência, realizando, em seguida, cursos de Pós-graduação em Composição e em Regência na mesma Universidade. Estudou composição com José Siqueira, Francisco Mignone, Claudio Santoro e, mais tarde, nos Estados Unidos, com Stephen Hartke. Trabalhou em Regência com Hilmar Schatz (Alemanha) e Hans Swarowsky (Austria) em cursos de curta duração realizados no Rio de Janeiro e frequentou classes de Regência Coral e de Regência Orquestral na University of Southern Califórnia, onde recebeu seu título de DMA in Composition.


    REGÊNCIA

    Nos anos 60 fundou a Orquestra Filarmônica Estudantil, a Orquestra de Câmara Antonio Vivaldi, o Coral Universitário e o Centro de Estudos de Música Brasileira, iniciativas criadas em seu período universitário, quando foi Presidente do Diretório Acadêmico José Maurício Nunes Garcia (EM/UFRJ). Nos anos 70, Tacuchian foi um dos fundadores e o primeiro regente do Ensemble Ars Contemporanea, especializado em música do Século XX e para o qual escreveu várias de suas obras daquele período. Nesta mesma época dirigiu, também, o grupo vocal-instrumental Síntese, dedicado à música medieval e renascentista e à música contemporânea tocada com instrumentos antigos. No início de sua carreira foi Educador Musical e Animador Cultural, quando desenvolveu intensa pesquisa sobre as Bandas de Música Civis do Estado do Rio de Janeiro. Em 1985 dirigiu o maior grupo instrumental de toda a história da música brasileira: uma banda com dois mil músicos, apresentando um programa de música tradicional e popular brasileira, na Praça da Apoteose, no Rio de Janeiro. Regeu orquestras como a Orquestra de Câmara da Rádio MEC, Orquestra de Câmara do Brasil, Orquestras Sinfônica e de Câmara da Escola de Música da UFRJ, Orquestra da Universidade de São Paulo, Orquestra Sinfônica da Universidade Federal da Bahia, Orquestra da UNIRIO, Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, Orquestra Sinfônica de Santa Maria, Orquestra Sinfônica da Universidade Estadual de Londrina, Orquestra Sinfônica Nacional, Orquestra Sinfônica de Goiânia, Orquestra Filarmônica do Espírito Santo, USC Community Orchestra (Los Angeles, CA), SUNYA University Community Orchestra (Albany, NY), North/South Consonance Ensemble (New York city) e a Orquestra Sinfônica Artave (Porto, Portugal), além de coros como a Associação Coral Evangélica, o Coro do Teatro Municipal do RJ e a Associação de Canto Coral (os dois últimos em gravações fonográficas). Em 1991 ele recebe o Diploma vitalício de Patrono da Banda Campesina Friburguense. O Maestro Tacuchian foi o Regente Titular da Orquestra da UNIRIO (2001-2004) e em janeiro de 2004 regeu um concerto coral sinfônico, na Cidade do Porto (solistas portugueses, Orquestra Artave e Coral Polifônico da Lapa), com um programa exclusivamente dedicado à sua obra. Mas foi na Composição que sua carreira teve grande extensão.


    DIFUSÃO DE SUA OBRA

    Tacuchian já escreveu mais de 250 obras, com grande parte gravada em 108 fonogramas, distribuídos por 57 CDs (sendo dois DVDs), além dos antigos LPs. A relação completa de sua música, bem como informações sobre cada uma delas, pode ser conferida no Catálogo de Obras, publicado pela Academia Brasileira de Música no site http://www.abmusica.org.br/uploads/11cc91c51ddde2b727fcff51451c060f.pdf.
    Sua música vem sendo executada em todo território nacional pelas principais orquestras e solistas brasileiros e em todos os Festivais de Música Brasileira. No exterior, sua música já foi tocada, ao vivo, na Rússia, Armênia, Sri Lanka, Bulgária, Hungria, República Tcheca, Eslováquia, Sérvia, Croácia, Áustria, Itália, Alemanha, Suíça, Polônia, Inglaterra, Finlândia, Noruega, Suécia, Holanda, Bélgica, Luxemburgo, França, Espanha, Portugal, Canadá, Estados Unidos, México, El Salvador, Cuba, Venezuela, Bolívia, Paraguai, Uruguai e Argentina, num total de 135 cidades no Exterior. Entre as salas e séries internacionais citam-se: Tage Neuer Musik (Bonn), Scloss Gottesau (Karlsruhe), Staatsoper Berlin, Markgräfliches Opernhaus (Bayreuth), Park Lane Group Music Today Series e St. John’s, Smith Square (London), Salle Gaveau (Paris), Conservatoire Darius Milhaud (Aix en Provence), World Harp Congress e Schlosstheater Schönbrunn (Vienna), 9º Festival Internacional de Música Contemporánea (Alicante, Espanha), I e II Bienales Internacionales de Música Heitor Villa-Lobos (Salamanca, Espanha), V Festival Europeo de Jovens Músicos (Madri), Teatro Filodrammatici (Milão), Hall of the Armenian Evangelical Centre (Yerevan, Armênia), Filarmônica de Novossibirsk (Rússia), “Terra Brasilis” (Stockholm, Suécia), Festival Viva Guitarra (Gryfice, Polônia), Philip Koutev Concert Hall (Sofia, Bulgária), Guitar International Series (Toronto), National Library of Canada (Ottawa), Brazilian American Cultural Institute (Washington, DC), Fulbright Concert (Los Angeles), University of New York at Buffalo, University of New York at Albany, Vorpal Gallery e Other Minds Festival (San Francisco), North/South Consonance (New York), Sonidos de las Americas, Carnegie Hall (New York), Subtropics Music Festival (Miami), Florida International University (Miami), Indiana University (Bloomington), Boston University (Boston), Segundo Encuentro Latinoamericano de Arpa (México), III Festival de Música Contemporánea de El Salvador, 8º Festival Latinoamericano de Música (Caracas), Fundación Encuentros Internacionales de Musica Contemporanea e Teatro Colon (Buenos Aires), entre muitas outras. Tacuchian, ainda, representou o Brasil no I Festival Internacional de Música do Século XX (Moscou, 1981) e, no mesmo ano, visitou a Suíça, dirigindo um grupo musical brasileiro (coro, banda e dança). Após um primeiro período, quando escreveu numa linha nacionalista e neoclássica (como as obras sinfônicas Dia de Chuva, de 1964, e Imagem Carioca, de 1963-1967), Tacuchian adotou uma linguagem mais contemporânea em 1965, com sua Cantata dos Mortos. A obra foi impedida de ser executada devido ao regime político-militar da época, sendo estreada apenas 13 anos após. Imediatamente seguiram-se duas gravações da obra, uma delas sob a regência do autor, com a Associação de Canto Coral, em execução ao vivo na Sala Cecília Meireles (Rio). Uma de suas últimas obras é a Sinfonia das Florestas, para orquestra e solo de soprano, em quatro movimentos. Ela foi estreada na Espanha em 2013 na Espanha (León, Ávila e Salamanca).


    PRÊMIOS & TÍTULOS

    Tacuchian possui vários prêmios e títulos honoríficos. Sua obra foi selecionada pela Tribune Internationale des Compositeurs du Conseil International de la Musique, UNESCO (Estruturas Primitivas, em 1977) e pela International Society of Contemporary Music (Ritos, em 1978). Em 1981 foi eleito membro da Academia Brasileira de Música, instituição cultural e honorífica fundada por Heitor Villa-Lobos, seu primeiro Presidente. Tacuchian foi o Presidente da ABM nos períodos 93-97 e 2006-2009. Em 1988 o LP Manuel Bandeira (produzido pela UFRJ) recebeu o prêmio de Melhor Disco de Poesia do Ano, sendo Tacuchian, autor da música, agraciado com voto de louvor da União Brasileira de Escritores “em reconhecimento à sua brilhante e valiosa contribuição ao disco”. Entre 1987 e 1990 o compositor viveu nos Estados Unidos, mantido por bolsas da CAPES e da Fulbright Commission, esta última “um prêmio competitivo concedido a artistas envolvidos em pesquisa, criatividade e programas de estudos”. Recebeu o grau de Doutor em Música (Composição) da University of Southern California em 1990. Neste mesmo ano e na mesma Universidade ganhou o Academic Achievement Award, “prêmio conferido a estudantes pós-graduandos internacionais que se destacam em suas respectivas especialidades”. Nos Estados Unidos, o compositor realizou vários concertos (20 apresentações ao vivo de sua obra, algumas sob sua regência), programas de rádio, conferências, editou sua música e, em 1990, foi eleito membro da Pi Kappa Lambda National Music Honor Society (USA), “em reconhecimento pelo mais alto nível de realização musical e erudição universitária”. O International Biographical Centre (Cambridge, Inglaterra) conferiu-lhe o prêmio International man of the year for 1992/93 (em Música), concedido a “ilustres personalidades cujas realizações e liderança se destacaram na Comunidade Internacional”. Em 1996 recebeu as medalhas Láurea Carlos Gomes da Academia de Letras e Música (Brasília) e a de Visitante Ilustre da Universidade Federal de Santa Maria e o título de Personalidade Cultural Internacional do Pen Clube do Brasil. Em 1998 foi agraciado com o título de Personality of the Year, pelo American Biographical Institute (Raleigh, North Caroline), baseado nas “relevantes realizações até o presente que são documentadas na coleção biográfica nacional e internacional do Instituto sobre distintas Personalidades de nosso tempo”. É Professor Titular da UFRJ e da UNIRIO (aposentado), ambos por concurso público competitivo de títulos e provas. Na UFRJ criou, pioneiramente no país, a disciplina Música Brasileira, em 1975, o Panorama da Música Brasileira Atual, em 1978, e promoveu a criação do primeiro curso superior de violão numa Universidade pública brasileira em 1980, além de ter coordenado o Programa de Pós-Graduação em Música. Em 1995 defendeu, na Unirio, uma tese sobre o Sistema-T, o que lhe valeu, pela segunda vez, uma posição de Professor Titular. Nesta Universidade, entre outras posições, foi Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-graduação (1999-2000). No primeiro semestre de 1998, foi Professor Visitante da State University of New York at Albany, onde lecionou Música Brasileira e Composição Musical. Na ocasião, fez várias conferências em universidades americanas e regeu concerto com sua música (Imagem Carioca). Em 2000, viajou para a Itália, Bellagio, para uma Residência na Villa Serbelloni, nas margens do Lago di Como, onde escreveu o Quarteto de Cordas nº 3“Bellagio”, sob os auspícios da Rockefeller Foundation. Nove meses depois a obra foi estreada em Milão (Teatro Filodrammatici), numa programação do Istituto Brasile-Italia, IBRIT (Consolato Generale del Brasile a Milano). O Quarteto de Cordas nº 4 “Trópico de Capricórnio” é de 2011, encomendado pela Funarte e foi estreado no mesmo ano, na XIX Bienal de Música Brasileira Contemporânea. Em 2016 escreveu o Quarteto de Cordas nº 5 “Afrescos”. Entre 2002 e 2003, o maestro morou em Portugal, a convite da Universidade Nova de Lisboa e com apoio do Governo Brasileiro (CAPES), para ministrar aulas como Professor Visitante (na Universidade Nova de Lisboa), realizar pesquisas musicológicas (pós-doutorado no Museu da Música Portuguesa) e apresentar sua música. Em 2006, Tacuchian foi homenageado pela Rádio MEC FM, com uma série de 14 programas radiofônicos, dedicados exclusivamente à sua obra. Em 2011 foi o compositor homenageado pelo 15º Concurso de Piano de Ituiutaba, com uma semana de programações dedicadas à sua obra. Em 2009 Tacuchian foi o compositor homenageado do VII Concurso de Jovens Talentos da AV-Rio. No ano seguinte foi nomeado Membro Honorário da Associação de Violão do Rio de Janeiro, AV-Rio. Em 2012 foi o Compositor Homenageado do Seminário Internacional de Violão Vital Medeiros, em Suzano, São Paulo e pelo Acorda: Encontro Internacional de Violão, no Rio de Janeiro. Em 2013 recebeu a comenda de Sócio Honorário na categoria de Embaixador do Sesquicentenário da Sociedade Musical e Beneficente Euterpe Friburguense e foi eleito membro da Academia Brasileira de Arte. No ano em que completou 75 anos de idade o compositor recebeu várias homenagens, entre elas a realização do I Festival de Música Brasileira Contemporânea, dedicado à sua obra e o Festival Tacuchian 75 em Curitiba e a outorga do título de Aluno Eminente do Colégio Pedro II. Na ocasião foram lançados dois livros sobre ele: Higino, E.; Peixoto, V. Ricardo Tacuchian, Vida e Obra. Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, 2014; e Amorim, H. Ricardo Tacuchian e o Violão. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Música, 2014.


    Seu nome é verbete de enciclopédias internacionais como o MGG (2007), o Grove (2001) e o Baker’s (2000), além de ser citado em todos os livros de referência sobre música no Brasil. Em 2008 foi homenageado pela Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, pelas suas “realizações como cidadão dedicado à difusão da arte”. Desde 2008, Tacuchian é o Diretor Musical da SAMAS, Associação de Amigos da Antiga Sé do Rio de Janeiro (Igreja Nossa Senhora do Carmo). Em 2011 foi nomeado pelo Reitor da Universidad de Salamanca Consejero, para la Creación Musical, del Centro de Estudios Brasileños daquela Universidade. No momento é Membro do Conselho Consultivo da História Temática da Música em Portugal e no Brasil, projeto desenvolvido pelo Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical da FCSH/Universidade Nova de Lisboa (CESEM), e Consultor da SPIM, Sociedade Portuguesa de Investigação em Música.

    Desde 2017, Ricardo Tacuchian é colunista do portal Brasil Clássico, onde publica textos sobre música erudita em sua coluna "Crônicas de Um Compositor".




     







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