Em 6 de Julho de 2015 comemorou-se o
aniversário de 151 anos de nascimento de Alberto Nepomuceno, nascido em Fortaleza em 6 de Julho de 1864. Considerado o "pai" do nacionalismo na música erudita brasileira, foi o primeiro a incluir um instrumento de música popular na orquestra sinfônica (o reco reco, no "Batuque", quarto movimento da Série Brasileira), provocando a ira de críticos musicais conservadores, como Oscar Guanabarino, ferrenho inimigo de compositores inovadores.
Nepomuceno também foi o primeiro compositor brasileiro à dar importância à língua portuguesa no canto lírico e a escrever sistematicamente canções em português para o repertório erudito, algo até então considerado impróprio, pois somente o italiano, o francês ou o alemão eram as línguas consideradas como adequadas nas salas de concerto. Algumas das mais belas canções do repertório lírico brasileiro são de autoria de Nepomuceno.
Nepomuceno foi um sinfonista com dominio total da técnica de composição orquestral, apesar de não ter escrito muitas obras sinfônicas, sendo as mais executadas uma Sinfonia em Sol Menor (a única que escreveu), a "Série Brasileira", e a "Suíte Antiga" para cordas. Escreveu também algumas óperas, entre elas "O Garatuja", cuja encantadora abertura é executada regularmente até hoje, e "Abul", monumental ópera com motivo oriental, que infelizmente caiu no esquecimento, talvez por ter mais de 6 horas de duração se encenada completa no palco. Nepomuceno escreveu também muita música de câmara, entre quartetos, trios, música para piano e órgão, etc.
Faleceu em 1920 no Rio de Janeiro.
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DA COLUNA "O MUNDO DA MÚSICA" |
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Alberto Nepomuceno (1864-1920) |
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